quinta-feira, 2 de junho de 2011

Circ(o)los de Políticos

Crónicas circenses da Xicolândia

É num clima de muita farra, muitas farpas, arruadas a cima, feiras a baixo, comícios ali, jantares acolá que decorre a campanha eleitoral para eleger o novo 1º ministro, da Xicolândia. Lá diz a cantiga a “luta é uma alegria”!

Os candidatos como sempre são mais que muitos para um pote tão pequeno e todos homens de copos! Os que se dizem de esquerda pendem para a direita, os que se dizem de direita cambaleiam para a esquerda e ambos se tentam agarrar ao centro para não caírem e ficarem por baixo.

Embriagados pelo egocentrismo repetem sempre o mesmo discurso: “eu… hic… prometo que vou baixar os impostos… hic… quando eles deixarem de subir… hic…”; “eu… hic… prometo fazer nada… hic… quando estiver cansado de nada fazer… hic…”; “eu… hic… prometo ser irresponsável da minha própria irresponsabilidade… hic…”; “eu… hic… prometo pôr os interesses dos outros… hic… a seguir aos meus… hic…”; “eu… hic… hic…

Movem-se os compadres, chateiam-se as comadres, soltam-se as más-línguas, descobrem-se as verdades e dizem-se as mentiras.

Esta campanha eleitoral fica marcada pela estratégica do costume: Um candidato, acorda de manhã todo ressacado e acusa o outro de aldrabão, o outro, responde à tarde, a um, com uma aldrabice para que o um, tenha uma mentira de resposta à noite, para o outro lhe voltar a chamar mentiroso de manhã e assim sucessivamente durante toda a campanha num circuito de voltas e reviravoltas de acusações idiotas sem ideias. Enfim, nada de novo como de costume e tudo volta ao mesmo de sempre depois das eleições!

Para o Xico Bidente (o 2 dentes), grande profeta da Xicolândia, aquele que “raras vezes se engana e nunca tem dúvidas”, os pares para as danças de salão eleitorais vão ser os seguintes: Sócrates troca o paço com o Passos, naquele tango da tanga que é sempre dançado a dois PSD e PS ou PS e PSD. O Paulo feirante vai dançar o vira para a direita ou para a esquerda conforme der mais jeito. O camarada Jerónimo vai dançar com os trabalhadores do comércio. O Xico vai dançar numa rave, um copo na mão esquerda, um pica à direita e tásse bem! O Garcia vai continuar eternamente, a dançar fora do salão. O Coelho da madeira dança com a vassoura e no fim varre tudo e todos. Os monárquicos vão dançar valsa num palácio sem trono. Os outros por não terem par e por não se saber lá muito bem quais as tendências sexuais, ficam-se pela dança do ventre ou do varão.

Xico Mao





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