sábado, 9 de dezembro de 2017

Estádio Axa de Braga

Estádio Axa em Braga


Maofoto
2017

Razão de Ser

Uma Razão de Ser em Paços de Brandão



"Lembro-me de repente de quando era criança, e via, como hoje não posso ver, a manhã raiar sobre a cidade.  

Ela então não raiava para mim, mas para a vida, porque então eu (não sendo consciente) era a vida.

A criança ficou mas emudeceu.

Vejo como via, mas por detrás dos olhos vejo-me vendo;

E só com isto se me obscurece o sol e o verde das árvores é velho  e as flores murcham antes de aparecidas.


 Sim, outrora eu era de aqui;

Hoje, a cada paisagem, nova para mim que seja, regresso estrangeiro, hóspede e peregrino da sua presentação, forasteiro do que vejo e ouço, velho de mim.


Já vi tudo, ainda o que nunca vi, nem o que nunca verei. 

No meu sangue corre até a menor das paisagens futuras, e a angústia do que terei que ver de novo é uma monotonia antecipada para mim.



Aquelas somas de fatos que, para os homens vulgares, inevitabilizariam o êxito, têm, quando me dizem respeito, um outro resultado qualquer, inesperado e adverso.



Tenho construído em passeio frases perfeitas de que depois me não lembro em casa. 
A poesia inefável dessas frases não sei se será parte do que foram, se parte de não terem nunca sido."

 (Fernando pessoa in O Livro do desassossego) 



Maofotos - Paços de Brandão 2017

Calçada de Riomaior

"Por entre a casaria, em intercalações de luz e sombra — ou antes, de luz e de menos luz —, a manhã desata-se sobre a cidade. Parece que não vem do sol mas da cidade, e que é dos muros e dos telhados que a luz do alto se desprende — não deles fisicamente, mas deles por estarem ali."

(Fernando Pessoa in O Livro do Desassossego)












Maofotos - Calçada de Riomaior, Paços de Brandão 2017

Cores de Outono

 Outono de Cores Mao


"A minha imagem, tal qual eu a via nos espelhos, anda sempre ao colo da minha alma.

  Eu não podia ser senão curvo e débil como sou, mesmo nos meus pensamentos.

 Tudo em mim é de um príncipe de cromo colado no álbum velho de uma criancinha que morreu sempre há muito tempo.


 Amar-me é ter pena de mim.

Um dia, lá para o fim do futuro, alguém escreverá sobre mim um poema, e talvez só então eu comece a reinar no meu Reino.

 Deus é o existirmos e isto não ser tudo.

 Um frio desassossegado põe mãos gélidas em torno ao meu pobre coração.

Em cada pingo de chuva a minha vida falhada chora na natureza. Há qualquer coisa do meu desassossego no gota a gota, na bátega a bátega com que a tristeza do dia se destorna inutilmente por sobre a terra."

"Fernando Pessoa in O Livro do Desassossego"

Maofotos - Paramos 2017

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Zé Pedro no Pensamento

Até Sempre Zé dos Xutos!

Os  homens grandes
não morrem
apenas passam!


Maofoto - Clave de Sol, Paços de Brandão
2017

Vinho Generoso de 1965

Vinho Fino de 1965
 
Vinho de cor âmbar Conhac, aromas a frutos secos, (figos, amêndoas,) chocolate preto, especiarias com destaque para a pimenta, o caril e a noz moscada. Na boca doçura aveludada, acidez equilibrada, pouca adstringência com toque final alcoólico e muito persistente. 


 Vinho Fino
Garrafeira Particular
Casais do Douro
Ano - 1965

Maofotos - 2017

Douro Património Mundial

Douro Natural,  Animal e Património Mundial




Maofotos - Castanheiro do Sul 2017