sexta-feira, 24 de junho de 2011

Oculto de Face

Crónicas ocultas da Xicolândia

A justiça na Xicolândia vai de mal a pior! Exemplo disso é o processo “face oculta”. Ao que parece, as escutas entre o antigo Xico 1º ministro e o antigo Xico Administrador do BCP que deveriam ser destruídas, a mando do Juiz do tribunal que trata do caso, apenas foram retalhadas, ou seja, cortou-se o que não interessava tornar-se público. Acontece que um Xico Advogado defensor de um dos arguidos no caso, e que por acaso também é um Xico Esperto, reclamou perante o tribunal que as escutas incompletas são uma violação da lei que manda destruir e não retalhar. Como só existem meias escutas e ele precisava das escutas inteiras, não pode defender convenientemente o seu cliente. Este cenário pode vir a ser suficiente para anular todo o processo face oculta.
Um caso grave de corrupção e tráfico de influências que lesou o Estado em milhões. Este é um processo judicial que envolve muitas caras conhecidas do público em geral, sendo o mais conhecido, o Xico Sucateiro, aquele que oferecia cabazes de robalos em vez de envelopes com camarão ou lagosta, a troco de favores muito favoráveis na aquisição de sucata pública.
Na Xicolândia, a justiça além de ser cega e lenta também está oculta!

Xico Mao

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Civismo de Cívico

Cívico de Civismo

" O civismo deveria, mais uma vez, partir do topo onde tudo se faz a correr e, tanta vez, com luvas que tudo encobrem (Civismo quer dizer: ter o cidadão como prioridade, isto é, prestar-lhe um serviço correspondente à altíssima dignidade dos soberanos: os cidadãos).
Não é reconfortante para nenhuma pátria!"


Mário Anacleto

Dia de Civismo

Movimentos Cívicos

Os novos inquilinos do Parlamento Xicolandês já fizeram das suas. Depois de tanto tempo sem fazerem nada em prol do país, regressaram com um novo espectáculo circense " A coligação", pelos vistos muito mal ensaiado pelos actores principais. A ante-estreia aconteceu hoje e só vai acabar amanhã, um espectáculo nunca antes visto no parlamento. Trata-se de uma peça escrita por dois (cu)ligados e conta a história de um homem cívico que foi nomeado para presidente dos de(puta)dos e que deveria ser eleito por votação secreta no parlamento. Acontece que depois de duas votações minoritárias, uma com 106 votos e outra com 105 (parece que um deputado se esqueceu no que votou da 1ª vez) o nomeado resolveu desistir da votação com todo o civismo com que entrou e assim este espectáculo não teve um final feliz.
Com espectáculos medíocres como este. Quando é que ganhamos a confiança de quem nos empresta dinheiro?

Xico Mao


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Circ(o)los de Políticos

Crónicas circenses da Xicolândia

É num clima de muita farra, muitas farpas, arruadas a cima, feiras a baixo, comícios ali, jantares acolá que decorre a campanha eleitoral para eleger o novo 1º ministro, da Xicolândia. Lá diz a cantiga a “luta é uma alegria”!

Os candidatos como sempre são mais que muitos para um pote tão pequeno e todos homens de copos! Os que se dizem de esquerda pendem para a direita, os que se dizem de direita cambaleiam para a esquerda e ambos se tentam agarrar ao centro para não caírem e ficarem por baixo.

Embriagados pelo egocentrismo repetem sempre o mesmo discurso: “eu… hic… prometo que vou baixar os impostos… hic… quando eles deixarem de subir… hic…”; “eu… hic… prometo fazer nada… hic… quando estiver cansado de nada fazer… hic…”; “eu… hic… prometo ser irresponsável da minha própria irresponsabilidade… hic…”; “eu… hic… prometo pôr os interesses dos outros… hic… a seguir aos meus… hic…”; “eu… hic… hic…

Movem-se os compadres, chateiam-se as comadres, soltam-se as más-línguas, descobrem-se as verdades e dizem-se as mentiras.

Esta campanha eleitoral fica marcada pela estratégica do costume: Um candidato, acorda de manhã todo ressacado e acusa o outro de aldrabão, o outro, responde à tarde, a um, com uma aldrabice para que o um, tenha uma mentira de resposta à noite, para o outro lhe voltar a chamar mentiroso de manhã e assim sucessivamente durante toda a campanha num circuito de voltas e reviravoltas de acusações idiotas sem ideias. Enfim, nada de novo como de costume e tudo volta ao mesmo de sempre depois das eleições!

Para o Xico Bidente (o 2 dentes), grande profeta da Xicolândia, aquele que “raras vezes se engana e nunca tem dúvidas”, os pares para as danças de salão eleitorais vão ser os seguintes: Sócrates troca o paço com o Passos, naquele tango da tanga que é sempre dançado a dois PSD e PS ou PS e PSD. O Paulo feirante vai dançar o vira para a direita ou para a esquerda conforme der mais jeito. O camarada Jerónimo vai dançar com os trabalhadores do comércio. O Xico vai dançar numa rave, um copo na mão esquerda, um pica à direita e tásse bem! O Garcia vai continuar eternamente, a dançar fora do salão. O Coelho da madeira dança com a vassoura e no fim varre tudo e todos. Os monárquicos vão dançar valsa num palácio sem trono. Os outros por não terem par e por não se saber lá muito bem quais as tendências sexuais, ficam-se pela dança do ventre ou do varão.

Xico Mao





terça-feira, 10 de maio de 2011

Homens de Luta

Os Homens da Luta com  a música  " A Luta é Alegria" animaram o Eurofestival mas, cairam ao 1º round. Não passaram à final. Fica a ousadia por terem participado e ganho o Festival RTP da Canção.
Onde estava o povo Pá! 
Então na Europa ninguém vota em nós Pá! 

A luta continua Pá!


Homens da Luta não vão à final da Eurovisão

Dia de Humildade

Dia de Humildade

"Humilde vivente, toma nota: se acordares um dia e te deres conta que não há música, quer dizer que o mundo acabou. 
Terás que ser tu a ressuscitá-lo, com música!"

 (Mário Anacleto)


Maofoto - Santa Cecília Padroeira da Música, Sampaio de Oleiros

sábado, 7 de maio de 2011

Xico da Xica

Crónicas da Xicolândia

A Xicolândia é um pequeno e pobre país, espraiado, à beira-mar plantado. Deve o nome ao seu fundador Don Xico o conquistador e em sua homenagem todos os habitantes têm como nome próprio Xico ou Xica (depende da fruta, “banana” ou “marmelo”). Também é conhecido como o “País dos bananas”, não por ser um país produtor de bananas mas, por ser governado por uma étnia de Xicos Espertos (os Xicos Políticos) que vivem (e continuam a viver) à sombra da “bananeira” que são os impostos pagos pelo Xico Trabalhador, (aquele pobre que trabalha para os outros serem ricos). 
Acontece que neste país toda a gente vive (vivia) à grande e à portuguesa, ou seja, acima das suas posses, gastam (gastavam) aquilo que não ganham. Por exemplo, uma pessoa que ganhe o ordenado mínimo nacional ou até mesmo um subsídio de reinserção social pode (podia) perfeitamente passar férias “lá fora” ou ir para “fora cá dentro” porque as instituições financeiras da Xicolândia “financiam” (financiavam) crédito para férias com juros a preços de “banana”, e mesmo que depois não possa (pudesse) pagar o empréstimo, outra instituição financeira financia (financiava) crédito para pagar o outro crédito, ou seja, há (havia) sempre alguém pronto “ajudar” financeiramente o “banana”. Outro exemplo, quem quiser adquirir uma casa, basta (bastava) procurar a instituição financeira “certa”, aquela que lhe garante (garantia) casa mobilada, decorada, equipada com tecnologia de ponta, TV por cabo e com carro na garagem, tudo a preço de crédito habitação “banana” ( muito dinheiro financiado e muitos anos para pagar).
Com tantas facilidades de crédito, as pessoas gastam (gastavam) o que têm e o que não têm a seu belo prazer sem preocupações, sem stress e todos os Xicolenses vivem (viviam) no expoente máximo da felicidade humana.
Assim era o país dos Xicos!

Xico Mao