sábado, 16 de abril de 2011

País de Bananas

 País dos Bananas Mao

Há dias assim, a gente pensa e repensa e não chega a conclusão nenhuma. 
Fala-se na crise! Eu pergunto de quem? Respondem, do país! Qual país? Aquele dos "bananas"! Sim aquele em que grande parte dos habitantes vive à sombra da "bananeira" do Estado, Ah! Aquele onde os políticos se governam em vez de governarem! Também, mas eu falo daquele em que todos os políticos enganam o "povo" a começar pelo presidente. Como? O presidente engana o povo? Não pode ser! Esse presidente que andava de braço dado com o governo e que o demitiu a seguir a sua reeleição? Isso é engano de certeza! Então ele ia provocar uma crise política e económica nos dias que correm? Não! Ele não demitiu o governo, o governo é que se demitiu pelo sim e pelo não! Do PEC? Não! O PEC foi uma desculpa para todos! Claro! Depois de um PACK de PECs aprovados pela oposição era mais PEC menos PEC, mas, assim não vinha o FMI! O FMI veio-se? Acho que sim! Aliás, a ideia era essa, atingir o orgasmo político! Orgasmo? Então eles fod...m o povo? Não! O povo é que os fod..., pedem dinheiro para casa, equipada e mobilada, carro na garagem tudo a preço de "banana" ou seja, a preço de juro para habitação! E pagam? Alguns, os que são honestos pagam a mais para compensar aqueles que não pagam! Vem visto! E gozam férias? Claro novo crédito! Como? Pedem nestas férias e pagam nas próximas! Então é possível fazer  mais que um crédito? Aqui sim! Até pelo telefone! Empresta-se dinheiro pelo telefone? Como fazem isso? Fácil marketing! Quanto quer? Ah! Já percebi, os "bananas" vivem à grande e à portuguesa!


Maofoto - Estação de São Bento, Porto



quarta-feira, 13 de abril de 2011

Trocadilhos dos Co(n) Sentidos

Trocadilhos Co(n) Sentidos 

"Se a minha vida vai morrendo, porquê o Saber? Não entendo!
E se o Saber não morrer, porque haveria eu de saber?
É que o saber é mesmo Ser e o morrer é o não ser.
Portanto vale a pena saber porque se é.
Porque se não for, também o saber não é." 

 (Mário Anacleto)


Maofoto - Senhora dos Remédios, Lamego



terça-feira, 12 de abril de 2011

Dia de Regras

Dia de Regras

"As regras e os partidos foram feitos só para alguns.
 E os alguns para quem foram feitas não gostam nada que outros alguns saibam disso
por isso dão o Ensino e a Educação à exploração de qualquer outro algum
para que só alguns aprendam a gostar de alguns
e há alguns que não gostam mesmo de nenhuns!"

(Mário Anacleto)


Maofoto -  Museu do Louvre, Paris

quinta-feira, 31 de março de 2011

Assassinato de Sócrates VI

Final da crónica "O assassinato de Sócrates" do livro: "Crónica dos dias bons" de Mário Anacleto


"A felicidade, enfim, é hoje a resultante de variadíssimos factores em que a contribuição da qualidade do equilíbrio físico-químico parece essencial e em que a balanceada sinergia neurodivinal esteja também presente no grau possível de actuação. Juntar-se-ia a este princípio aquele outro que diz: “A vida que não passamos em revista não vale a pena viver.” Só assim é possível levar o cidadão a desejar reconhecer a sua ignorância e a imperativa necessidade de aprender. A questão será hoje, mais do que antes, a de saber o que é que vale a pena aprender! A justiça, por certo, a saúde também, o pensamento lógico, a arte como parte integrante da inovação, do desenvolvimento e do equilíbrio físico e químico, porque estrutura o neurodivinal de cada um, as actividades que contribuem para o desenvolvimento de todos e de cada um, o desenvolvimento da inovação, as técnicas de progressão infinita da Humanidade, a multiplicação e a qualidade dos seres humanos na sua rota procriadora e co-criadora de universos, o respeito pelo desconhecido e o desejo de o fazer conhecido, enfim, a ciência, as técnicas, as artes, os serviços, a investigação, o ser, a produção, a acção distributiva, em poetas de ilusões, em comentadores visionários que sem esforço ludibriam o pensamento com discursos fáceis. Assim, será possível exigir a qualidade e o rigor a que cada cidadão num regime democrático tem direito, até porque contribui astronomicamente para que tal se realize. Sócrates morria aos 70 anos, sem nunca se reformar! Envenenado por interesses menores de um Estado que sempre respeitou. Decorria o ano 399 a. C., mas é certo e sabido que Sócrates não morria de amores por Sócrates."

FIM

Nesta crónica do Dr. Mário Anacleto está espelhado o actual estado  dos nossos políticos e do nosso Estado.
 Esta saga sobre Sócrates começou no dia em que o nosso Sócrates pediu a demissão. Termina hoje, dia em que o nosso Presidente aceitou o pedido de demissão, dissolveu o parlamento e convocou eleições para Junho.
Como é possível! Pessoas ditas responsáveis e de estado, "enterrem" ainda mais o nosso país super endividado e convoquem novas eleições que vão  custar uma fortuna a  todos nós. Quando podiam e deviam (para isso é que o povo os elege) unir-se em prol do sentido de estado e com a responsabilidade que lhes é exigida, resolver os problemas por eles criados na incúria do dever.
Se o FMI entrar em Portugal, só pode ser para passar um atestado de incompetência, a todos os políticos (sem excessão) que nos têm governado (ou melhor que se têm governado) depois do 25 de Abril de 1974.

Assassinato de Sócrates V

Continuação da crónica "O assassinato de Sócrates" do livro: "Crónica dos dias bons" de Mário Anacleto

"Transcendentes os negócios do Estado, não podem passar sem mim, pensa o político de formação maquiavélica. Não podem passar sem mim porque eu sei governar a cidade, eu sei como tornar-me príncipe numa república… muito mal acham ao filósofo quando frequentemente lhes diz na cara que “o sapateiro não deve passar além da chinela!... Ao decidir o que devo fazer não tenho de dar ouvidos a nada a não ser à razão que tenho comigo, um ´dáimon´ que me fala, uma intuição lógica cujo contributo não devo desperdiçar. Faço aquilo que, depois de muita reflexão, me parece ser o melhor: o homem tem de se servir da sua própria visão interior para distinguir o bem do mal e não deve deixar-se guiar por aqueles que lhe dizem ser boa uma determinada acção”. Os detentores da verdade oficial cuidam que isto é indício firme de corrupção na cidade e no seu governo e em todas as esferas onde se incutem estas ideias e opiniões divergentes. Mas Sócrates insiste “ O artífice sabe o que tem de fazer e onde e como o deve fazer. Pode dar um relato claro do seu conhecimento e todas as suas acções estão inteligentemente relacionadas com o seu intuito. Os estadistas e os poetas não têm um tal conhecimento do verdadeiro sentido da vida púbica ou privada e nem sequer reconheciam a necessidade dele. Para uma recta conduta, são necessários conhecimentos claros. Ninguém pode ser conscienciosa, e consistentemente bom em saber o que é a bondade”. 

 Perante tão lúcida constatação e partindo do pressuposto que as coisas são como são mas que dever ser quase sempre como devem ser, isto é, a realidade viva e a ética viva de braço dado, é de perguntar se é lícito deixar que os políticos façam aquilo para que não estão preparados? É lícito permitir que ascendam ao topo da administração da coisa pública se nem contas sabem fazer? Se o que apenas querem é deixar estátuas e guerras, medos e instabilidade entre as pessoas, entre os estados que dizem governar? Que faríamos nós ao carpinteiro que não soubesse afeiçoar a madeira, segurar as partes de uma estrutura, ensamblar um conjunto de peças que constituam um todo?"
continua…

quarta-feira, 30 de março de 2011

Assassinato de Sócrates IV

Continuação da crónica "O assassinato de Sócrates" do livro: "Crónica dos dias bons" de Mário Anacleto

"Useiro e vezeiros em acusações infundadas, em suspeitar de quem não os promove e os bajula, Sócrates acha que essas figuras de políticos incapazes estão permanentemente a convidar o cidadão a desembaraçar-se de escrúpulos, de usos e costumes que dizem embaraçar o desenvolvimento. O que pretendem é só sonegar aos cidadãos direitos essenciais à qualidade vida, direitos consignados em lei, serviços essenciais à permanente possibilidade de segurança individual e pública, estruturas de prestação de cuidados de saúde, apoios sociais, na penúria ou na desgraça, na falta de trabalho ou ocupações úteis à cidade. Com um à – vontade assustador são eles próprios que fogem e se desembaraçam de escrúpulos morais e de equidade para tudo praticar, segundo eles judiciosamente, com vista à detenção e uso do poder, de forma prepotente e nada de acordo com as mais profundas aspirações da plebe, da polis e do demos (o povo, a cidade e a circunscrição administrativa) cujo desenvolvimento e progresso deveriam ser a sua principal ocupação. Mas, para isso, falta-lhes o saber e o querer saber. Da única coisa que sabem é do seu egoísmo, esclarecido e quase sempre vitimizado, ao fazerem crer que se “sacrificam” pela administração da cidade. Nunca se acham responsáveis por uma penumbra de culpa do mal que acontece, que consideram sempre não terem pensado nisso antes, que nunca agiram de forma a que isso acontecesse, que as políticas que definiram iam exactamente em sentido oposto, que a conjuntura também pesa, que isto e que aquilo… saem pela porta pequena, mas na próxima oportunidade lá estão eles, de novo, a propalar que serão os melhores defensores da cidade! Sócrates sabe disso e da ingenuidade de quem os crê."

continua…

segunda-feira, 28 de março de 2011

Assassinato de Sócrates III

 Continuação da crónica " O assassinato de Sócrates" do livro: " Crónicas dos dias bons" de Mário Anacleto.
"Conselheiros imperturbáveis de um consumismo que faça girar o dinheiro e a fama, activam permanentemente os desejos de possuir, de ter e de satisfazer apenas esses desejos, os mais incontrolados e desconhecidos até. Objectos, coisas, serviços e serviçais de moldura estética inquestionável, modelos, moldes e molduras, “pivoteando” a burótica e a eficácia, a sociedade cresce mesmo dissimulando o seu mal de raiz: fazer crescer a riqueza e ampliar a qualidade do nível de vida pela distribuição equitativa. A prática diária minada por pulsões e vontades obriga-os a ler relatórios de pernas para o ar, assacando culpas aos cidadãos e empedernindo a sua capacidade de actuação sapiencial. Há que orienta-los pela catacumba da propaganda da publicidade e do marketing financeiro. Nada se enxerga que não seja a necessidade de resolver o problema do deficit e da activação dos mercados… secretamente fazem votos estranhos: “Quem dera ao menos que fosse Natal todos os dias para que a economia ande, o dinheiro circule, os produtos se vendam a as associações comerciais e empresariais deixem de nos pressionar com problemas de impostos, taxas e volumes indesejáveis de despedimentos, sublinhados pelo rótulo de que os empregados não têm formação… Quem sabe? Talvez o IMT venha ajudar! Dados os chorudos salários dos imtianos, já não terão de adiantar como razão para o insucesso dos projectos essa dependência da finança. Para eles funciona mesmo bem este offshore europeu, agora que a sua moeda, em nome de deus, desceu tão baixo! Para eles qualquer sítio é uma espécie de “país terrorista” a invadir… depois se verá!”
Continua…