sábado, 6 de abril de 2013

Demissão de Relvas

Crónicas relvadas da Xicolândia



Mais uma situação caricata se passou na Xicolândia! O homem depois de ter sido nomeado ministro, caiu em desgraça e no ridículo quando foi descoberto o seu percurso Académico e como "ganhou" a sua licenciatura através de certos créditos na Moderna. À antiga xicolêsa! Depois do próprio reitor que foi seu "corretor" de créditos e de bolsa sem estudo,  se ter "demitido". Algo ficou no ar que esta licenciatura estava mal estudada e contada! Mas, mais mal contada está, a "demissão",  a que foi involuntariamente obrigado admitir publicamente "sem anímica nenhuma para continuar". Porque toda a gente sabe que foi o feirante dos negócios estrangeiros quem criou as condições anímicas da sua involuntária "demissão". O feirante não brinca em serviço. homem que se faz à vida desde muito cedo, é vê-lo a levantar cedo para cedo chegar às feiras. Onde vende todos o tipos de "banha da cobra", aos mesmos doentes de sempre... aqueles que acreditam nas curas milagrosas. Por isso, não é de estranhar o modo como manipulou a situação e o Ministro I, que tudo fez para não dar luz verde ao "corta relva"  de "cortar o relvas". Claro! Com "amigos" destes como companhia no governo, nem precisam de se opor, nem de censurar a moção, os inimigos da oposição!
Curiosamente, este processo demorou mais tempo a ser estudado no ministério da educação, do que na prática,  a licenciatura demorou a ser estudada e tirada na moderna pelo visado, e que agora vai ser anulada e tirada .
 Resumindo e concluindo. Tudo está mal quando começa mal, e tudo fica bem quando acaba em bem, e ainda bem!

Xico Mao


 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Sócrates de Comentador

 Crónicas comentadas da Xicolândia


Incrível! Como é possível, que este  senhor, mais que responsável pela situação em que Portugal se encontra, regresse ao país depois de algum tempo de férias encapuçadas em Paris, para se tornar comentador na RTP onde irá ganhar, certamente dinheiro público, a comentar a situação de crise do país que ele próprio criou.  É preciso ter uma lata do tamanho de um latão! Se neste país existisse justiça, esse senhor, havia de ser julgado e condenado, pelas atrocidades que cometeu a Portugal e aos portugueses enquanto 1º Ministro.Tenha vergonha na cara e vá para bem fundo mesmo lá no Fundão e nunca mais apareça em público muito menos na televisão pública!
Realmente! Dá que pensar, cada vez me convenço mais que esta merda, é mesmo a república dos bananas.

Xico Mao


domingo, 6 de janeiro de 2013

Pai de Salvador

 Crónicas ocasionais da Xicolândia



O caso mais popular, mais longo e mais pendente de sempre é o caso pai do salvador. Este caso surge há mais de dois mil anos, numa pequena aldeia (uma tal de nazaré) que se situava junto ao mar (um tal de morto), ali para os lados das arábias onde vivia uma bela jovem (uma tal de maria) ainda “virgem” (de agosto ou setembro). 
Um dia, a jovem (a tal “virgem”) teve um sonho. Sonhou que um príncipe das arábias (um tal desconhecido) lhe entrou pela porta (e não só), levou-a ao tapete, percorreu a terra, subiu montanhas, flutuou nas nuvens, chegou ao céu, viu as estrelas, acabou na cama e desapareceu pela janela. O sonho foi tão real que mesmo depois de a maria (a tal que era “virgem”) acordar, ainda continuou a sonhar com o príncipe desconhecido (o tal das arábias) aquele que lhe entrou pelas portas, levou-a a conhecer mundos e esfumou-se pela janela. Depois deste sonho a jovem maria (a tal que já não é “virgem”) nunca mais foi a mesma. O olhar vazio e distante, o físico presente mas de pensamento ausente, o corpo sempre a mudar e passado o ciclo que terminava no período de tempo, não chegou, estava grávida!
 É precisamente aqui que este caso começa. A jovem virgem (a tal maria) vivia em união de facto com um velho marceneiro (um tal de zé), que por acaso tinha desarranjado a “ferramenta” num biscate.
Como naquela altura (tal como hoje ainda), o pecado de adultério era um “caso” punido com apedrejamento até à morte. A “virgem” maria (a tal jovem) engendrou logo um estratagema de forma a resolver este seu triste “caso”.
 Regular frequentadora do templo sagrado, um dia em que reflectia sobre o seu triste caso foi atingida por um raio de luz divina e teve uma visão (uma tal ideia). Tentar a via mais fácil, fazer com que a “ferramenta” desarranjada do velho zé (o tal marceneiro) funcionasse pelo menos mais uma vez. Nesse mesmo dia à noite resolve pôr em prática a sua grande ideia (a tal visão). Apagou todas as luzes da casa e deitou-se completamente pelada na cama à espera do velho marceneiro (o tal zé) que tinha ido beber um copo com os amigos. O zé velho (o tal marceneiro), já com a vista “cansada”, deitou-se na cama e nem se apercebeu que a mulher (a tal que já foi virgem) estava completamente descascada, virou-se para o outro lado e adormeceu. Para grande frustração da mulher (a tal maria) que passou o resto da noite em claro.
Na noite do dia seguinte tenta uma nova abordagem. Desta feita, acendeu velas por toda a casa e deitou-se nuazinha só com um véu, à espera do regresso dos copos do marceneiro (o tal velho). Acontece que nessa noite, ele (o tal marceneiro) bebeu um copito a mais. Quando entrou em casa ficou tão ofuscado pelas luzes que ficou completamente “cego”. A mulher (a tal nuazinha só com um véu) aproveitou o desnorteamento do velho (o tal da ferramenta desarranjada). Conta-lhe, que teve uma visão em que lhe apareceu uma figura em forma de anjo, com asas de “borboleta”, e lhe disse que ela tinha sido “eleita” pelos “deuses” para ser mãe do “salvador” do mundo e que estava grávida. Também, tinham que deixar a sua terra e partir para outras paragens porque inimigos poderosos iam fazer de tudo para evitar a nascença do “salvador”. A maria (a tal que agora já é senhora) foi tão convincente que o zé marceneiro (o tal com um copito a mais) acreditou.
E assim de “burro”, passou a andar de lado para lado com a senhora (a tal que já não era “virgem”), sem se aperceber que era só para encobrir a gravidez. Entretanto, o tempo foi passando e quando chegou a hora da maria (a tal senhora) dar à luz, fez-se luz e nasceu o “salvador”. Precisamente numa noite em que um cometa (um tal de halley) brilhava mais do que nunca nas suas muitas viagens à volta da terra. Logo visto como um sinal dos “deuses” para iluminar o nascimento do “salvador” e tornar credível a gravidez da senhora maria (a tal grávida) perante o velho zé (o tal carpinteiro). Ainda mais credível ficou quando três “lunáticos” (um tal de belchior) (um tal de baltazar) e (um tal de gaspar) que já há alguns dias perseguiam o radioso rasto deixado pelo halley (o tal cometa). Pararam para descansar no mesmo local (um tal estábulo) onde a senhora (a tal maria) tinha acabado de dar à luz (o tal “salvador”). Eles próprios vivificaram que um nascimento naquelas condições era digno de “deuses” e presentearam-no com o que levavam nos bolsos, ouro, incenso e mirra. E “caso” encerrado!
Segundo a teoria de algumas vizinhas mais “cuscas” (tal como na canção), pensa-se que o pai da criança foi “obra” do patrão a dias da senhora (um tal de judas). Só que a mulher do patrão (uma tal de judite) era muito ciumenta pois sabia bem o traidor (o tal de judas) que tinha em casa, por isso, não tirava olho da senhora (a tal “virgem”), não lhe dando qualquer hipótese de aproximação ou de estar a sós com o judas (o tal traidor). Por isso o “caso” não morreu à nascença e ficou pendente.
Este “caso” só voltou à “baila” porque já espigadote, o “salvador” capta uma discussão da senhora com o velho marceneiro e apercebe-se que afinal, aquele que ele considerava ser seu pai, não o era na verdade. Parte de imediato para o deserto onde durante quarenta dias e quarenta noites medita sobre a sua situação até que encontra uma solução! A partir desse momento decide dedicar toda a sua vida, na busca da verdade. Quem é o “pai”!
O tempo foi passando e o “salvador” já entrado nos intas depois de muitos anos a penar na busca do pai, começou a dar sinais de demência. Um dia, entrou eufórico numa cidade (uma tal de jerusalém) a proclamar que era o novo rei. O verdadeiro rei (um tal de herodes) sempre com problemas conjugais com a sua rainha muito ciumenta (uma tal de Salomé) e que jurou se ele (o tal herodes) algum dia lhe fosse infiel, ela mesmo lhe cortava a cabeça e a punha numa bandeja. Mandou-o logo internar numa clínica psiquiátrica (uma tal de calvário) onde foi sujeito a um tratamento de choque inovador, descoberto por um técnico especializado (um tal de pilatos). O tratamento de choque consistia em cruxificar o paciente numa cruz de cabeça para baixo, durante tempo indeterminado, na esperança que o sangue fluísse melhor em direção ao cérebro e avivasse as ideias do paciente. O tratamento (o tal de choque) foi tão eficaz que ao fim de três dias, o “salvador” estava completamente curado e reabilitado. O facto levou inúmeros curiosos até à clinica, inclusive um grande amigo do “salvador” (um tal de tomé) que foi ver para crer.
 Também, foi a última vez que o “salvador” foi visto. Depois desse dia nunca mais ninguém lhe pôs a vista em cima. Há quem diga que teve um caso com uma mulher da “ vida” (uma tal de madalena) por quem se perdeu de amores. Fugiu com ela para um paraíso (um tal de eden) e por lá viveu em paz e amor, a comer maçãs e a mulher da vida (a tal madalena). Até que um dia, ela entalou-se com um bocado de maçã, o “salvador” quando a viu aflita, aproximou-se por trás numa tentativa de lhe aplicar uma manobra (uma tal de heimlich), mas, calcou uma cobra venenosa (uma tal de piton) que o mordeu e ele (o tal salvador) e ela (a tal madalena) foram desta para melhor.
A história de vida do “salvador” foi tão comovente, que um “primo” abastado da maria (um tal de pedro) mandou erigir um grande templo em memória do “salvador”, e ele próprio, auto proclamou-se o primeiro “pápá” oficial do “salvador”.
E este triste “caso” ficou na “gaveta” por mais de mil anos. Até que alguém, ali na média idade começou novamente a investigar e encontrou novas provas e um novo “pápá” para o “salvador”. Ao que parece, era um banqueiro (um tal de espirito santo) que tinha emprestado dinheiro ao velho marceneiro para arranjar a “ferramenta”, mas a senhora é que pagava os “juros”. O “caso” só não foi encerrado porque uma investigação mais profunda, deixou a descoberto o espirito do santo (o tal banqueiro) que de santo espirito nada tinha, era dado a “eles” e não a “elas”. Afinal quem “pagava” os juros era mesmo o zé (o tal marceneiro). E o caso voltou novamente para a gaveta.
Já mais recentemente em pleno seculo vinte, a gaveta voltou a ser aberta e o “caso” quem é o pai do “salvador”, voltou à ribalta como das outras vezes em que apareceram novas provas. Desta feita por uma outra “senhora” (uma tal de fatima) também “virgem” (de maio). Esta outra “senhora” vivia em peregrinação (sempre de lado para lado). Um dia, muito debilitada quase a desfalecer, cansada de tanto andar de lado para lado, foi socorrida por três crianças (um tal de chico), (uma tal de jacinta) e (uma tal de lucia) que lhe deram água e pão com que restabeleceu as forças. Muito comovida a senhora (a tal “virgem” de maio) e como forma de agradecimento, confidenciou aos ouvidos das três crianças um grande segredo, que tinha ouvido de uma tia-avó francesa, uma eremita que vivia numa gruta (uma tal de Bernardete), que por sua vez o tinha ouvido da sua própria tia-bisavó, que também o tinha ouvido da sua tia-tetravó, que por sua vez também tinha ouvido da sua…, quem era o verdadeiro pai do “salvador”.
Ao que parece a jovem maria (a tal “virgem”), era abusada sexualmente pelo seu próprio pai… (um tal de natal). Um velho alquimista de longas barbas brancas, toxicodependente, snifava coca e cola. A sua grande “moca” era misturar as duas (a coca com a cola) e beber. Gostava muito de criancinhas que aliciava com a bebida (a tal coca com cola) e prendinhas. Quando viu o “caso” mal parado, resolveu pôr-se na “alheta”, fugiu para uma terra longínqua (uma tal de lapónia) ali para os lados do polo norte. Aí, dedicou-se à criação de renas, abriu uma empresa de transporte de trenós e começou a distribuir a tal bebida (a coca com cola) por todo mundo. O negócio foi tão rendoso que em pouco tempo amealhou dinheiro para realizar um sonho de criança, construir o maior parque temático de diversões para criancinhas, do mundo (um tal de natalândia). Ainda hoje há quem acredite que o velho de barbas brancas (o tal natal) pelo menos uma vez por ano ande por aí de trenó, a “oferecer” coca com cola (a tal bebida) e prendinhas às criancinhas.
E o “caso” só não fica desde já encerrado porque, diz-se já por aí que existe uma prova fundamental para o encerramento do “caso”, só precisa de ser encontrada. Um cálice “santo” (um tal de graal)! 
Segundo se consta transformava água em vinho, pelo qual o verdadeiro pai do “salvador” (o tal que ninguém conhece) bebia nas suas muitas ceias. Foi precisamente na última ceia que o cálice que era santo (o tal graal) desapareceu. Parece que foi roubado por um ladraozeco alcoólico (um tal de baco) e pelo seu primo também alcoólico (um tal de dionísio), que por sua vez o venderam a um mafioso do submundo do crime (um tal de diabo). Um pecador de primeira, ligado à prostituição, ao jogo ilegal e controlava todo o trafico lá da zona. Ora matava alguém ali, ora começava uma guerra acolá um autêntico demónio. Acabou por enterrar o cálice (o tal graal) que era santo, nas profundezas do seu esconderijo preferido (um tal de inferno), local onde ninguém ousou até hoje entrar.
Com a descoberta do graal (o tal cálice) o caso podia finalmente ser encerrado, bastava para isso uma pequena amostra de adn (um tal de ácido desoxirribonucleico), fazer um teste de confirmação paternal e assim ficar este triste caso encerrado de vez.
 Enquanto isso não acontece o caso continua pendente.

Este caso é pura ficção em todo o caso qualquer semelhança com um caso real é mero acaso.
 

Xico Mao







domingo, 16 de dezembro de 2012

Caso de Ocasião

Crónicas dos casos da Xicolândia

Um caso surge ao acaso, normalmente com grande mediatismo e por acaso em pouco tempo assume protagonismo e torna-se um “caso mediático”. Vai evoluindo processualmente e então temos “caso com processo”. Entretanto, se existe matéria criminal vira “caso de polícia”. Agora é segredado aos ouvidos judiciais e é um “caso em segredo de justiça”. Quando chega a tribunal é “caso de julgamento”. Depois, o desfecho do “caso” é sempre uma incógnita, até porque há “casos e casos” e cada “caso é um caso”. O “caso” pode ter fim e então é caso encerrado. Por falta de provas pode ser arquivado. Por demorar muito tempo a resolver, pode prescrever e também ser arquivado. E pode eternamente ficar pendente (ir para a gaveta), ou seja, nunca ser resolvido na totalidade.

Por exemplo, a própria república da Xicolândia surge na sequência de um caso pendente (mal esclarecido), o “caso do regicídio”. Trata-se de um atentado à mão armada levado a cabo por um grupo de republicanos carbonários com ligações maçónicas. Vitimando mortalmente o rei e o príncipe herdeiro de então. Este caso nunca foi muito bem esclarecido porque os dois autores dos disparos foram abatidos no local do crime pela guarda real. Acabou por ser um caso de sucesso porque volvidos apenas dois anos, a monarquia caiu e implantou-se a república. Depois deste caso, muitos outros casos se seguiram como é o caso: “estado novo” ainda hoje não se sabe o que aconteceu aos seus “colaboradores” depois da revolução dos cravos; “o caso fp25” heróis populares ou terroristas? “ O caso camarate” atentado ou acidente? “O caso freeport” corrupção ou não? “O caso dos submarinos” que bateram no fundo; “o caso apito dourado” metia fruta madura à mistura com futebol; “o caso casa pia” envolvia crianças institucionalizadas e adultos institucionais; “o caso joana” com culpados sem corpo; “o caso maddie” a criança desaparecida mais mediática de sempre; “o caso rui pedro” o caso mais mal investigado de sempre; “o caso bpn” o maior roubo de sempre a um banco; “o caso… outro caso… mais casos… ene de casos”. Casos pendentes e sem solução à vista, não faltam exemplos como é o caso.

O “caso” com mais longevidade e famoso que se conhece e pendente de sempre é o “caso pai do salvador”. Este “caso” surge quando uma mulher “virgem” (de agosto ou setembro) e que vivia em união de facto com um velho marceneiro que por acaso tinha desarranjado a “ferramenta” num biscate, aparece grávida (este caso fica para uma outra oportunidade). 

Dou por encerrada esta minha crónica, antes que ela própria vire um caso, por ser a primeira vez que alguém escreve tantas vezes e em tão poucas linhas, a palavra caso.

Por acaso o caso continua…

Xico Mao



sábado, 27 de outubro de 2012

Espertêz de Xico

Crónicas xicoespertas da Xicolândia

A Xicolândia é famosa pelos seus Xicos Espertos e há-os para todos os gostos, em todas as áreas profissionais e classes sociais (eles são políticos e até ministros, doutores sem estudos mas com equivalências, trabalhadores privados com públicos, presidentes de associações culturais sem cultura nenhuma, presidentes de clubes de futebol sem bola alguma, pseudoempresários que se intitulam donos da empresa, logo, donos do dinheiro que é da empresa, até ao mais distinto negociante e feirante… também são calceteiros da rua, são trolhas e pedreiros, são electricistas e marretas, carpinteiros e todo o tipo de biscateiros, empregados e desempregados e até simples coitados que nada são porque não são nada) desde a alta mais conhecida, à mais desconhecida e baixa ralé da sociedade.

O perfil de um Xico Esperto é muito característico e prematuramente adquirido (há quem ateste que é devido a um cromo (o pai) mais a soma (a mãe), igual a cromossoma, precisamente no ato da concessão). Distinguem-se dos outros Xicos (os burros), devido ao facto de terem uma grande cabeça (são cabeçudos) como tal, cérebro de igual proporção em grande, mas com neurónios de baixo rendimento (entre o muito lento e o parado).
A educação e formação do Xico Esperto começa desde muito cedo e normalmente no seio (mama) familiar. Elas transmitem - lhe entre si (a mama direita e a esquerda), os mais ancestrais e conhecimentos do saber mamar. Quando atinge a idade escolar não estuda (copia), recusa-se aprender porque pensa que já sabe tudo, nunca chega a perceber que TPCs é o mesmo que deveres, e logo se sente superdotado ou seja, com um dote grande para o douto estúpido, que agora depois de amestrado, só espera por uma oportunidade de pôr em prática tudo aquilo que pensa que sabe. Normalmente começa na pequena associação de Xiconaria (de pequeno delito) lá do bairro, até chegar ao top dos patamares hieráticos (o grande delito) como Grão- Mestre Xicon.

Cuidado! Eles andam por aí sempre à espreita de uma oportunidade de f…der alguém, por isso, recomendo toda a protecção possível (uso obrigatório de preservativo) não vá o diabo tecê-las. Como aconteceu no outro dia em que um Xico dos outros (os burros) teve um sinistro rodoviário com um Xico Esperto, que até era culpado a cem por cento nos primeiros minutos, para depois nos segundos minutos, dar o dito por não dito e inverter a situação a seu favor.

Eu explico por meio de um exemplo real: Quando um Xico Esperto tem um acidente rodoviário em que se sente culpado. Primeiro, dá-se logo como culpado a cem por cento; Segundo, contacta logo outro Xico (de preferência mais esperto ainda e que esteja ligado ao ramo do bate chapa), ele chega, analisa os estragos e dá a sentença (orçamento). O Xico esperto responde logo. – Eu assumo todos os prejuízos causados no embate, não vale a pena preencher a declaração amigável nem chamar as forças da lei (porque ele está sempre por dentro da lei ou por fora da lei). Ora, o outro Xico (chame-me-o facilitista) concorda com a sinceridade das palavras do outro (Xico Esperto), retiram-se as viaturas do local do crime e ponto final. Tudo está bem quando acaba bem! Isto nos primeiros minutos, claro! Quando chega as primeiras horas, o Xico Esperto que entretanto já se reuniu com o clã da Xiconaria, dá o dito por não dito e já quer preencher a declaração amigável porque afinal, a culpa não pode morrer solteira. Resultado, um para o Xico Esperto, zero para o outro Xico (o facilitista). Isto porque o Xico Facilitista (o burro) não fez o que devia ser feito. Primeiro, vestir-se a rigor (colete refletor). Segundo, sinalizar com o sinal de perigo (triângulo) o acidente. Terceiro, preencher a declaração amigável o mais amistosamente possível. Quarto e o ponto mais importante chamar as autoridades em caso de recusa de assinatura da declaração por parte do Xico Esperto. Se não houvesse facilitismo, o desfecho final certamente seria outro. Fica o alerta para quem me lê!

Esta crónica é pura realidade qualquer semelhança com a ficção é pura coincidência.


Xico Mao




sábado, 20 de outubro de 2012

Gaffes Con(s)entidas

Crónicas gaffetosas da Xicolândia

Acordei! Agora têm que me aturar com mais do menos, deste reino de Xicos, cada vez menos espertos (se é que alguma vez o foram). Sempre que algum (Xico Político) resolve ligar a "grafonola" para dar lições de moral, normalmente encrava numa gaffe.
Ora veja-se:

No outro dia tivemos um Xico Ministro que numa das suas palestras de beneficência, cantou da seguinte forma: “neste país existem mais cigarras que formigas”. Claro que desconhecia o verdadeiro sentido da estória, as formigas trabalham e as cigarras cantam ou seja, como cantou demais não é formiga certamente! (tss… genti burra pá!).

Outro Xico Político, desta feita opositor do outro Xico Ministro, abriu o bico recentemente, para dizer que o seu grupo parlamentar, resolveu mudar a frota de veículos de luxo e alta cilindrada (por ser velha (mais de 1 ano) e por ser muito dispendiosa) por outra frota de altíssima cilindrada, ainda mais luxuosa e contas feitas, neste negócio ainda se poupam uns euritos. E rematou: “ se calhar queriam que o presidente do grupo parlamentar, andasse de Clio”. Se calhar ia melhor a pé, de bicicleta, de transportes públicos ou na sua própria viatura. Como faz a maioria das pessoas que não são cigarras! (tss…genti burra pá!).

Ainda outro mais recente, novamente Xico Ministro (desta feita ligado às finanças) depois de entregar com pompa e circunstância, a todos os representantes parlamentares da Xicolândia, várias pen(is) eréteis e cheias com todo o tipo de medidas com que vão f…der o povo, nos próximos tempos. Ainda teve a lata de expressar: “só estou ajudar um país que despendeu muito e durante décadas na minha educação”. Um gajo que andou «décadas» para ser educado, será que percebe alguma coisa de educação e rigor? E de finanças? E de economia? Quantas décadas ainda vai precisar até atinar com as contas públicas? (tss…genti burra pá!).

Só mais uma, como não podia deixar de ser, do Xico Bidente (o dois dentes? Não! Aquele da bandeira ao contrário) que no passado (passado porque o feriado já era) dia 5, comemorativo da república, hasteou a bandeira ao contrário (com o euro (digo, escudo) para baixo), em sinal de protesto pelo povo que não foi autorizado a estar presente na cerimónia. Esse nobre gesto acabou por ser graciosamente enaltecido, por uma mulher no seu perfeito juízo, simbolizando a liberdade e a grande maioria do povo calado, que só queria perguntar ao Grande Xico Bidente (aquele que se queixou, que 1.300 euros de reforma, mais uns trocos por 30 anos de descontos para um fundo de pensões do Banco de Portugal, não iam chegar para as suas despesas). Ora! A senhora só queria perguntar, se ele conseguia sobreviver com apenas 250 euros que ela recebia de pensão por mês (reforma de uma vida de trabalho). Claro! A senhora foi impedida de se aproximar pelos capangas e ainda lhe passaram um atestado de insanidade mental. Uma pessoa ilustre queixa-se que 1.300 euros de reforma não chegam para as despesas e é tratado por professor. Outra pessoa, só porque é do povo! Queixa-se que 250 euros de reforma não dão sequer para ela sobreviver e é logo acusada de deficiente mental. Estes Xicos não pensam no povo, logo não existem! (tss… genti burra pá!).

E muitas outras gaffes políticas poderiam ser enumeradas mas, fica para uma próxima.


Xico Mao



sábado, 14 de julho de 2012

Eur(o)pções de Finanças

Crónicas vulcânicas da Xicolândia

Era uma vez, um pequeno país europeu onde as pessoas viviam mimoseadas com qualidade de vida, tinham todo o conforto, havia trabalho e dinheiro para todos. Andavam era sempre com o coração nas mãos e em sobressalto, pois viviam rodeadas por muitos vulcões em atividade, prontos a explodirem de ira e cuspirem das entranhas da terra toda a sua raiva.
Um dia, um desses vulcões acordou subitamente com grande estrondo, desencadeando uma das maiores catástrofes financeiras de que há memória nesse velho continente.
A eur(o)pção foi tão violenta que derreteu todo o gelo e neve que envolvia por completo a sua grande boca. Desencadeando uma grande avalanche financeira, que à medida que se ia precipitando lá do alto, foi engolindo esse pequeno país de origem vulcânica. Que viu do dia para a noite, a boa vida que gozava, esfumar-se em quase bancarrota.

Foi precisamente no ano de 2008 com a quase bancarrota da Islândia (país que não fazia, nem faz, parte da Europa Comunitária) que a moeda do Euro e a Europa a 27 se começou a desmoronar.
Um ano depois (2009), os primeiros países da Comunidade, a serem arrastados pela enxurrada financeira do país dos vulcões, foram a Irlanda e a Grécia. Logo começaram a tomar medidas drásticas no sentido de controlar o défice, mas ao mesmo tempo, ouviam-se já rumores que tinham que pedir resgaste financeiro. Sempre negado pela classe política, claro! O que veio acontecer no ano seguinte (2010). Além de pedirem o dito resgate bancário, ainda tiveram que agravar as medidas de austeridade, que de nada serviu! Ao mesmo tempo, ouviam-se já rumores que Portugal estava com dificuldades em cumprir os seus compromissos financeiros. Sempre negado pelo poder político de então, claro! Que tudo resolvia com um pack de PECs. Até que um desses PECs foi chumbado! O governo de então não teve outro remédio, senão pedir ajuda financeira, negociar com a Troika (2011) e demitir-se, claro! Na mesma altura ouviam-se já rumores que a Grécia ia precisar de novo resgate e provavelmente iria abandonar a zona Euro, e que a Espanha também precisava de resgate financeiro. Agora (2012) é quase um dado adquirido que a Grécia vai ter que dizer adeus ao Euro, a Espanha já pediu resgate e ouvem-se rumores de que Chipre e Itália também estão com dificuldades em cumprir com as suas obrigações financeiras, por isso, já sabemos o que vai acontecer para o próximo ano (2013) a esses países.

Resumindo e concluindo, a avalanche de neve que resultou de uma eur(o)pção vulcânica na Islândia, acabou por conceber uma gigantesca bola de neve financeira que engoliu a Islândia, está a mastigar a Grécia, a trinchar Portugal e a Espanha. Vai acabar por desmembrar a Europa, e consumir tudo e todos que se atravessem na sua frente.

Xico Mao