segunda-feira, 2 de março de 2009

Altos de Baixo

Baixos e Altos

Inconscientemente sempre senti um certo fascínio pela antropologia (ciência que estuda os comportamentos humanos), ou seja, tentar perceber o comportamento das pessoas, e, o que as leva a terem relações tão distintas entre a gente. Conheci gente que nasceu alta e são grandes pessoas, pessoas que nasceram altas e são gente pequena. Gente que nasceu grande e são altas pessoas, pessoas que nasceram grandes e são gente alta. Gente que nasceu grande e são baixas pessoas, pessoas que nasceram grandes e são gente baixa. Gente que nasceu baixa e são grandes pessoas, pessoas que nasceram baixas e são gente grande. Gente que nasceu pequena e por mais que se estiquem ou calcem sapatos de salto alto nunca hão de de ser grandes pessoas, pessoas que nasceram pequenas e por mais que subam nunca hão de ser gente grande. Gente que nasceu grande e por mais que cresçam, hão de ser sempre pequenas pessoas, pessoas que nasceram grandes e por mais que continuem a crescer, hão de ser sempre gente pequena. Gente que nasceu pequena e são grandes pessoas, pessoas que nasceram pequenas e são gente grande. Gente que nasceu grande e são pequenas pessoas, pessoas que nasceram grandes e são gente pequena. Gente que nasceu baixa e são altas pessoas, pessoas que nasceram baixas e são gente alta. Gente que nasceu alta e são baixas pessoas, pessoas que nasceram altas e são gente baixa. Gente que nasceu pequena e que continuaram a crescer até se tornarem excepcionalmente grandes, pessoas grandes que continuaram a crescer até se tornarem gigantes por excelência. Gente que nasceu pequena e na sua pequenez continuou sem crescer, pessoas pequenas com muita vontade de serem grandes. Gente grande com medo de crescer, pessoas pequenas sem medo de crescerem. Retrato de um homem com «h» pequeno, que facilmente chegou a Homem com «H» grande. Resumindo e concluindo, ao longo da minha existência só conheci dois tipos de pessoas, as altas e as baixas!


Maofoto - Par de Altos, Évora

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Credos de Religiões

Credos e Religiões

Para uns é ópio do povo, para outros o alimento da alma, para mim são como um desporto praticado com bola.
 Existem várias modalidades, todas regidas por regras e códigos de conduta ética e moral. Todas têm muitos adeptos fervorosos, com um único objectivo, alcançar a vitória suprema. 
A bola independentemente do material com que é constituída é o o Deus de todos.
No fundo, as religiões não passam de um jogo!


Maofoto - Deus Sol, Évora

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Princípio do Fim

Fim do Principio

O nascimento é o princípio da morte. O início, do fim da vida nascemos para morrer. O primeiro dia do resto da vida. A morte, por vezes acaba por ser, o alívio possível para o sofrimento da vida. Quando se anda a penar ou a vegetar, quer por doença decadência física, quer por velhice degradação mental. Numa libertação do físico, para um nascimento espiritual, uma morte física, um nascimento mental.
A morte é uma porta que se abre para outro mundo, uma passagem para outra vida. A vida é a preparação para a morte. Quanto melhor se viver, sem complicar nem prejudicar ninguém, fazendo com que a vida faça sentido. Melhores são as probabilidades, de escolher a sua próxima como boa vida.
Quem vive praticando o mal, complicando o que é fácil, pior será a outra vida, com poucas hipóteses de escolha.
A morte é a separação da alma do corpo. Há quem consiga através da meditação atingir a purificação da alma, a separação da alma do corpo em vida, só ao alcance de algumas mentes.
Quando se morre o que acontece ao pensamento? Uma pergunta que se faz muitas vezes ao longo da vida. Será que se apaga? Desliga como quem apaga uma lâmpada, ou pura e simplesmente adormece e sonha eternamente num sono infinito. Será que se chega ao fim do túnel e, se vê o infinito ou a luz branca que tanta gente diz ter visto na fronteira entre a vida e a morte.
Pensar com o próprio pensamento é possível? Pensar que penso que estou a pensar. O pensamento é infinito? Pensar para lá do além.
Falar, não por telepatia mas, mentalmente com ele, o outro eu.


Maofoto - Capela dos Ossos, Évora

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Traço do Destino

Destino Traçado

No tempo em que a morte, aquele espectro e sinistra figura que traja capote negro como as trevas e segura na mão uma foice com que ceifa a vida, deambulava entre o comum dos mortais. Certo dia pela manhã bem cedo, fitou com ar de admiração um homem com quem se cruzou na rua, o pobre do homem aterrorizado pelo olhar maléfico da morte, desatou a correr até casa e contou ao filho o seu encontro com a morte, enquanto aparelhava o seu cavalo mais veloz para partir para outras paragens mais distantes, despediu-se do filho e partiu a galope deixando uma nuvem de pó atrás de si.
O Filho depois de ver o pai desaparecer no horizonte, vai ao encontro da morte e pergunta-lhe o porquê da fixação no seu pai. 
Ao que a morte respondeu: - Fiquei perplexa de o ver ainda por aqui, pois, hoje mesmo o espero bem longe daqui.
O destino de cada um fica registado no livro da vida à nascença, por isso, o melhor é andar sempre por fora para quando a morte bater à porta ninguém a receber, ou então, viver tranquilamente o dia a dia, ter a consciência tranquila e assim estar preparado para a receber quando ela nos interpelar. 



Maofoto - Capela dos Ossos, Évora


domingo, 25 de janeiro de 2009

Sentido de Razão

Sentido tem razão de ser

As palavras só fazem sentido e têm razão de ser porque existe o verso e o reverso, ou seja, a palavra dia só faz sentido e tem razão de ser porque existe a palavra noite e assim sucessivamente.
Assim como, a vida só faz sentido e tem razão de ser porque existe a morte. 
A morte existe a seguir à vida, e antes da vida o que existe? Nada! Nada é algo que não existe, se não existe é algo morto.
 Por isso, cheguei à conclusão que antes e depois da vida existe morte. 
Pela mesma dedução lógica, cheguei à conclusão que antes e depois da morte existe vida.


Maofoto - Olhar da Caveira, Eurodisney

sábado, 24 de janeiro de 2009

Pobre de Ser

Quero ser Pobre

Venho por este meio (blog) pedir a quem me leia que me ajude a ser pobre. Assim, não tenho necessidade de me levantar todos os dias bem cedo (7 horas) para entrar ao serviço às 8, também deixo de ter rendimentos, o que é muito bom, porque assim, recebo um subsídio de Reinserção Social e entro directamente para o 1º ou escalão A da Segurança Social, logo, recebo mais abono pelos dois filhos, deixo de pagar a comida nas cantinas escolares, tenho direito a livros e material escolar gratuito e ainda recebo como bónus um computador Magalhães, completamente equipado e com ligação à Internet durante 3 anos. Depois, e com um pouco de sorte ou com uns conhecimentos na Câmara Municipal, no Pelouro da Acção Social, faço com que me dêem uma habitação Social, logo, deixo de pagar prestações mensais ao banco e deixo de ter preocupações com subidas de taxas de juros, Euribor, Lisbor, Spread, Seguro de Vida, comissões e afins… Deixo de pagar condomínio e Seguro Multi riscos. 
Posso conduzir sem habilitações para isso(carta de condução), sem seguro e sem inspecção automóvel, porque se for apanhado pelas autoridades, sou presente a um Juiz, mas, como não tenho rendimentos, manda-me logo para casa e ainda me atribui um subsídio para ajudas de custo e danos morais...
Como vêm, as vantagens em ser pobre são muitas, por isso, peço a vossa ajuda para me tornar, não pobre, mas, pobrezinho assim dá mais jeito.






sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Última Jornada

Jornada Ultima

Na derradeira jogada, desse jogo que é a vida, fintaste-nos a todos e marcaste aquele golo… Sim! Aquele da vitória divina e que permite o acesso ao campeonato da liga eterna.

Adormeceste sereno e tranquilo, embalado pela claridade da lua cheia, a olhar as estrelas como horizonte e... partiste!

Haverá sempre uma lágrima a rolar, enquanto este jogo que é a vida durar.

Até sempre Jorge!




Mao